(Nota: no começo de janeiro, Rafael Machado Costa, do canal Ilha Kaijuu, postou um vídeo sobre nomes japoneses e imperialismo cultural, seguido por uma réplica de Alexandre Linck, do Quadrinhos da Sarjeta. No Japão, o sobrenome familiar é citado antes do nome próprio. Contudo, ao falá-los ou escrevê-los no ocidente, quase nunca se respeita tal formato. Aproveitando o debate em torno do assunto, e seguindo o que já faz o historiador e tradutor Ryan Holmberg, um dos maiores especialistas em mangás do planeta, este blog passa a mencionar nomes nipônicos na tradição local, com o sobrenome na frente. A princípio, será estranho ler Tezuka Osamu, por exemplo, mas logo a gente se acostuma)
Com a publicação pela editora Veneta de Vida à Deriva, a autobiografia em quadrinhos de Tatsumi Yoshihiro (Yoshihiro Tatsumi, no ocidente), enfim esse fundamental autor japonês ganhará a devida atenção no Brasil. Em um longínquo 2007, a Zarabatana soltou uma coletânea de contos curtos dele, mas o burburinho em torno do lançamento nem de longe fez jus à relevância histórica do primeiro Tatsumi nacional – e, hoje, só se encontra o livro vendido a peso de ouro em sebos. Comemoremos, pois, a presença entre nós de mais uma de suas obras, que reconta com riqueza de detalhes um fato responsável por mudar a HQ mundial: a criação do gekigá, provavelmente o primeiro movimento de artistas com foco em histórias maduras, surgido na década de 1950.
Acontece que o estilo, tanto narrativo como visual, empregado por Tatsumi em Vida à Deriva era apenas um de suas múltiplas faces. Existiram vários Tatsumis, cada qual moldado aos diferentes momentos vividos em mais de seis décadas de carreira. Na resenha do gibi para a Quatro Cinco Um, o jornalista e tradutor Érico Assis comenta a falta de familiaridade do brasileiro com os trabalhos do quadrinista. Por isso mesmo, este texto serve para apresentar um pouco da genialidade do homem que modernizou a arte em que esteve inserido.
1. Tatsumi das comédias e aventuras infantis
Inspirado por seu irmão mais velho, Sakurai Shōichi, Tatsumi começou a fazer gibi ainda adolescente – nem sempre movido por uma chama artística. “Várias revistas e jornais solicitavam quadrinhos na época, porque não havia muitos artistas. Uma vez, enviei um trabalho e recebi um prêmio em dinheiro, e isso nunca tinha acontecido antes. Então, de repente, fui fisgado pela ideia do prêmio e, a partir daí, me limitei a criar para periódicos que ofereciam isso”, afirmou em entrevista para The Comics Journal em 2007. “Para um aluno da oitava série, estava ganhando uma boa quantia. E comecei a ajudar minha família assim.”
O formato desses trabalhos variava entre o chamado “mangá de quatro quadros” (semelhante a uma tira) e o “mangá de um quadro” (charge), geralmente voltados para um humor pastelão, com personagens se envolvendo em gags físicas. Entre os temas recorrentes, crianças brincando, jogando beisebol ou criando confusões com adultos, e trabalhadores resolvendo problemas do dia a dia. É difícil encontrar reproduções de desenhos dessa época – Vida à Deriva traz alguns. Como se percebe abaixo, Tatsumi tinha um traço bem infantil, mas começava a usar linhas de movimento e onomatopeias para deixar a leitura mais dinâmica (veja no terceiro exemplo). Vale lembrar: leitura oriental, da direita pra esquerda.

Enquanto fazia esse material descartável, a vontade de criar coisas fora de um padrão comercial o consumia. À época, já estava interessado em narrativas longas, e a principal inspiração para isso fora Tezuka Osamu, de quem recebeu preciosas orientações – incluindo a de apostar em histórias mais detalhadas, seja nas tramas ou nos personagens. É dessa época Mangá Aquário (Manga Suizokukan), cujo protagonista mata aula pra ficar no aquário da cidade, onde ganha a habilidade de conversar com os peixes. Dos quatro quadros tradicionais daquelas tiras, Tatsumi salta para mais de trinta páginas nessa obra. Tempos mais tarde, em 1954, ele aparece com A Ilha das Crianças (Kodomojima), com quase cem páginas de um enredo juvenil um tanto semelhante a O Senhor das Moscas, porém focado nas brincadeiras de crianças vivendo sem gente grande por perto.

É difícil avaliar sua produção nesse período, pois até no Japão tais gibis foram pouco, ou sequer, republicados. Ainda assim, o interesse seria meramente histórico – bem difícil se igualarem ao que viria na sequência.
2. Tatsumi revolucionário do gekigá
O espírito inquieto do jovem Tatsumi não ficara feliz apenas com enredos maiores. A forma de contar histórias também foi colocada em xeque: ele queria transformar elementos intangíveis em imagens, como a descrição do estado mental de um personagem encontrada em algum livro ou a tensão de uma perseguição frenética vista num longa-metragem. De acordo com seus gostos, a literatura e o cinema conseguiam criar sensações que os quadrinhos (ainda) não alcançavam.
A partir de meados da década de 1950, o autor mergulharia em novas referências artísticas – do filme noir a Kurosawa Akira, passando por Alfred Hitchcock, contos policiais de Dashiell Hammett e cinema europeu (em especial, o francês e o neorrealismo italiano) –, reforçando ainda mais a convicção pela mudança de abordagem. Ao mesmo tempo, adorava debater o estado da cena de mangás com o irmão e outros colegas desenhistas. Caminhos narrativos, possibilidades teóricas, indagações sobre o mercado, tudo entrava na pauta. Em meio a esse turbilhão criativo, o próximo passo era bastante óbvio: organizar, de forma sistemática mesmo, um novo tipo de HQ. É aí que surge o gekigá, termo cunhado pelo próprio Tatsumi, que significa “desenho dramático”.
Gekigá pode ser considerado um movimento, um estilo, um gênero, até uma jogada de marketing de Tatsumi e seus pares. Apesar de líder do Gekigá Kobo, coletivo reunindo vários amigos artistas, ele não fora o único a colaborar no desenvolvimento do conceito, tendo ajuda essencial de nomes como Matsumoto Masahiko (que inclusive também inventou um formato próprio, o komaga, logo deixado de lado em favor do gekigá), Saitō Takao e outros. Tatsumi chegou a escrever uma espécie de manifesto ao montar o grupo. Ali, explicou os objetivos da turma – entre os quais estava fugir dos temas e estética do mangá infantil ao falar para um público mais velho, não necessariamente adulto, porém interessado por histórias com nuances psicológicas e assuntos densos, incluindo crime e questões sociais.
A criação do gekigá não poderia vir em melhor hora. Coincide com o auge da popularidade do mercado de aluguel de mangás (kashihon’ya), o que permitia a mais jovens terem acesso à cultura. Dessa forma, esses autores produziram uma quantidade enorme de trabalhos para inúmeras editoras e antologias, surgidas uma atrás da outra para aproveitar a febre editorial.
E a pedra fundamental desse movimento/estilo/gênero/jogada de marketing é também seu principal representante. Todas as 128 páginas de Nevasca Negra (Kuroi Fubuki), de 1956, foram desenhadas por Tatsumi em inacreditáveis vinte dias, um furor criativo poucas vezes igualado na história dos gibis. Esteticamente, a grande novidade estava na modulação do tempo de acordo com o que cada cena pedia (leitura ocidental nas imagens a seguir).





O gekigá se tornou mais que um sucesso de vendas: o historiador e tradutor Ryan Holmberg relembra sua importância para a cena autoral independente japonesa que viria a explodir nos anos 1960.
“Em 1967, ele publicou Gekiga College (Gekiga Daigaku) para esclarecer as coisas. Textos e entrevistas apresentaram um conjunto de princípios normativos do que o gekigá pretendia ser: cinematográfico, para um público mais velho, realista em termos de cenário e personagem, sem humor. O livro foi altamente influente e se tornou fundamental para os críticos da pequena revista Manga-ism, fundada no mesmo ano. Foram eles, por volta de 1970, que primeiro enquadraram Tatsumi e o gekigá de aluguel como o início de um “linhagem alternativa” dos quadrinhos e uma autêntica expressão cultural popular japonesa da década de 1950 pré-crescimento econômico.“
3. Tatsumi da maturidade da forma
A maior parte dos anos 1960 não foi boa para o artista. O modelo kashihon’ya entrou em decadência, o que significava menos possibilidades de publicação, e a própria paixão dele por HQs esmaeceu – tanto que ficou quase dois anos sem desenhar. Na mencionada entrevista para The Comics Journal, Tatsumi reflete a respeito do retorno à prancheta, no final daquela década.
“Fui abordado por uma revista de quadrinhos de terceira categoria que lançava obras eróticas. E, apesar do pagamento muito pequeno, e de ser uma revista de terceira categoria, eu era capaz de fazer praticamente o que quisesse, havia liberdade em relação ao tipo de trabalho que eu poderia produzir. E eles ainda tinham um editor muito bom, com um enorme conhecimento sobre quadrinhos.“
A publicação em questão era a Gekiga Young, focada em histórias para adultos envolvendo sexo e erotismo. E, logo, outras revistas recuperariam o interesse em seu trabalho, como Shonen Magajin e Garo. Para essa nova fase da carreira, Tatsumi desenvolveu um material que representava a evolução daqueles gibis policiais de anos antes. Ele reformulou as temáticas, refinou a composição e os traços, e passou a olhar para o caráter multifacetado das relações pessoais. Não quis mais saber de mocinhos contra bandidos, o interesse agora estava no cidadão comum.
Pra mim, esse é seu auge. Se me obrigassem a proteger apenas um pedaço de sua obra, seriam essas histórias curtas, preciosas ao revelar a complexidade da existência. Em poucas páginas (de oito a vinte ou trinta, no máximo), falam de coisas barras-pesadas como alienação social, violência psicológica, exploração e inadequação sexual, solidão na cidade grande, opressão de classe. Fora assuntos específicos, tão perturbadores quanto, que vira e mexe retornam – abandono de bebês em esgotos, desenhos pornográficos em banheiros públicos, trabalhadores descontentes com o emprego descontando a frustração nas esposas.
Quem lê essas pequenas crônicas provavelmente vai considerar Tatsumi um misantropo, tamanha a desesperança e a miséria moral encontradas. Porém, a realidade não poderia ser mais diferente: sempre fora tímido, gostava de praticar esportes e ria de si mesmo. Assistindo a vídeos dele mais velho, fica difícil entender como aquele senhorzinho simpático usara como matéria-prima os piores sentimentos oferecidos pela humanidade. Mas aí nos lembramos da Segunda Guerra Mundial e do trauma infligido ao povo japonês.
“Foi uma experiência muito imediata, vi casas dos meus vizinhos serem incendiadas. Eu assisti à paisagem se transformar em escombros, bombardeio após bombardeio. Felizmente, minha casa, a casa da minha família, não foi incendiada, porém encontrava corpos por toda parte. Por isso, a tragédia da guerra inevitavelmente me influenciou. Eu morava a apenas dez minutos do Aeroporto de Itami. O local era um alvo, então nossa residência tinha alguns buracos de bala atravessando as paredes. Uma das coisas mais inesquecíveis era o cheiro dos cadáveres em decomposição nas ruas, eles deixados lá por dias a fio.
O que realmente estava enraizado em minha mente era a justaposição entre feiura e beleza, riqueza e pobreza, essa ideia de exterior e interior e a discrepância entre os dois. E assim, mesmo quando o Japão começou a desfrutar de crescimento econômico, eu não conseguia afastar a sensação de que isso era apenas uma fachada, e que logo abaixo da superfície ainda havia todo tipo de feiura. Sempre direcionei meu trabalho para leitores da minha própria geração. Então, para eles, acho que isso era um tipo de verdade.“
A Drawn & Quarterly lançou, na década de 2000, três volumes compilando uma seleção desses contos. As edições foram editadas pelo quadrinista Adrian Tomine, fã confesso do mestre japonês. Todas são ótimas, especialmente Abandon The Old in Tokyo, que reúne algumas de suas principais obras-primas, como Beloved Monkey – cuja sequência final pode ser conferida a seguir, em leitura ocidental.



Em certos trabalhos do período, dá pra notar a clara influência da geração da Garo. As metáforas usadas, os diálogos visuais e alguns temas elaborados têm ligação com essa revista, famosa por publicar gibis que misturavam literatura, arte de vanguarda, poesia e conceitos oníricos, feitos por gente como Tsuge Yoshiharu, Tsurita Kuniko e Katsumata Susumu. Embora mais cru e urbano, Tatsumi também apostava em enredos com os pés no irreal.



O passeio do artista pelo lado escuro da sociedade inclui ainda reflexões sobre os pequenos poderes do dia a dia, a partir da figura de um “empurrador” do metrô japonês (The Push Man); o sexo enquanto elemento de submissão (Telescope); a virilidade masculina tratada como questão moral (Rash); e até o incesto (Good-Bye). Há espaço, porém, para investigações humanistas, e até inéditas para a época, como a vivência de um transsexual vista em Woman In The Mirror.
E chegamos a um ponto cuja discussão se faz necesária: a forma de Tatsumi retratar mulheres em parte dessas HQs. Muitas personagens femininas são ególatras, golpistas, insensíveis, manipuladoras – e, curiosamente, isso vai de encontro ao senso comum em relação ao papel submisso da mulher nipônica.
“As histórias dessa revista em que publiquei eram de conteúdo sexual, e minha estratégia foi criar o oposto do retratado ali. Naquelas obras, as mulheres eram passivas e os homens as dominavam. Então, eu pensei, fazer o contrário criaria interesse nos leitores. Ao mesmo tempo, as narrativas dessas outras histórias não soavam verdadeiras pra mim. Os homens nem sempre são fortes, podem ser fracos, vulneráveis e passivos.
É difícil falar em termos gerais, sobre, você sabe, a maneira como retratei as mulheres. Porque The Push Man and Other Stories [uma das coletâneas da Drawn & Quarterly] coleta cerca de vinte histórias, e eu escrevi cerca de mil… Acho que já retratei homens fortes em outras obras, mas certamente, durante esse período, eu tinha alguma ansiedade em relação a mulheres, e medo também.“
Esse comentário de Tatsumi faz sentido: num mundo acostumado a ver a figura feminina como dócil, gerou estranheza (e gera até hoje) percebê-la como capaz de atitudes deploráveis numa obra de ficção. Até porque, vale ressaltar, seus enredos são narrados sob o ponto de vista de homens “fracos, vulneráveis e passivos”, como bem apontou na entrevista para The Comics Journal – e o conceito vem dos filmes noir aos quais assistira quando adolescente. Esses personagens pensam que as mulheres são as causas de seu declínio; na verdade, estavam caindo há tempos.
De qualquer forma, em The Hole, ele apresenta uma trama de acerto de contas da mulher com seu opressor.

Como o quadrinista afirmou na entrevista presente em The Push Man and Other Stories: “Por favor, não interpretem essas histórias como representativas da personalidade do autor”.
4. Tatsumi escultor de memórias
No final da década de 1970 e ao longo da de 1980, Tatsumi passeou por diversos gêneros: do erótico à comédia, ficção científica e algo próximo ao heta-uma, um movimento underground marcado pelo grotesco e pela subversão da pop art. Pouco se conhece a respeito desse material, pois ele mesmo não o considerava de muito valor. Entrando nos anos 1990, mais uma vez atravessava uma crise produtiva e de posição no mercado.
A situação começaria a mudar em 1995, no alto dos 60 anos de idade, com o lançamento da primeira parte de Vida à Deriva. Para entender o quão “esquecido” Tatsumi estava, basta notar que a obra saía no catálogo quadrimestral da loja Mandarake, espécie de sebo e antiquário especializado em colecionáveis. No entanto, a partir daí, ele encarnou o papel de historiador do mangá e das tradições orientais, dando início à derradeira fase da carreira.
Os 48 capítulos de Vida à Deriva levaram quase doze anos para serem publicados – e mais conteúdo estava planejado para uma sequência que nunca aconteceu. Ao concluir a obra, em 2006, o quadrinista estava em outro patamar no âmbito mundial: vencera um prêmio em Angoulême um ano antes e vira seu trabalho lançado no mercado norte-americano (a coletânea The Push Man). Mal sabia que a edição compilada da autobiografia ganharia o Prêmio Cultural Tezuka Osamu e dois Eisner, e que participaria de diversos eventos do setor na Europa e América do Norte.
Em relação ao livro – ou os livros, pois dividido em dois volumes pela Veneta, somando mais de 900 páginas, traduzidos por Drik Sada –, não se vê nele a virtuose de outrora, com métaforas, psicologismo ou esquemas narrativos fora do comum. E isso não é demérito algum. Tatsumi opta por um estilo direto, cronológico, para reviver cerca de quinze anos de sua trajetória, tecendo no caminho um grandioso panorama histórico-cultural do Japão. O tema principal é, sim, a rotina de um artista e o surgimento de uma cena de mangá independente, embora a observação das características da vida japonesa sejam tão relevantes quanto.


Na metade final dos 1990, surge a antologia AX, sucessora espiritual da Garo, para a qual Tatsumi enviou contos curtos, semelhantes estética e tematicamente aos de sua fase áurea. No mesmo período, ilustrava uma série de “mangás budistas” para a editora Suzuki Shuppan – gibis com monges históricos e divindades tibetanas. Essa experiência com fé e resgate de tradições antigas indicou o caminho para sua última obra de fôlego, Fallen Words (Gekiga Yose: Shibahama), de 2009, pela editora Basilico.
As oito tramas do livro buscam inspiração no rakugo, uma tradição oral de contar histórias, popular no período Edo (1603 a 1868). Lá atrás, o rakugo funcionava com um narrador sentado à frente do público, sem quaisquer cenários ou figurinos, confiando apenas em sua capacidade de interpretação. Tais histórias poderiam envolver qualquer gênero (mistério, romance ou drama), com uma condição: terminar de forma cômica, costurando a situação dos personagens a uma lição de moral.
O que Tatsumi faz, então, é adaptar o formato aos quadrinhos, apresentando vislumbres do cotidiano e da crença de então – não à toa, o leitor encontrará de fantasmas vingativos e pinturas que ganham vida a bebedeiras homéricas em estalagens e transtornos conjugais. Mesmo escrevendo humor misturado à fantasia, ele jamais perderia a oportunidade de analisar os aspectos sociais de seu povo.

Tatsumi Yoshihiro faleceu em 7 de março de 2015, aos 79 anos. Que sua jornada entre nós, leitores brasileiros, esteja apenas no início.
(Um agradecimento aos colegas Raphael Ranieri, do canal Formiga Elétrica, e Rafael Machado Costa, do Ilha Kaijuu, pela ajuda, mesmo que infrutífera, na busca por encontrar imagens de HQs antigas do quadrinista)
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Um comentário sobre “As muitas faces de Tatsumi Yoshihiro”